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GOLPE NO NÍGER E O XADREZ GLOBAL EM 2023

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  Na quarta-feira, soldados da guarda presidencial derrubaram o presidente democraticamente eleito do Níger, Mohamed Bazoum, e o substituíram por um general militar, Abdourahmane Tchiani. O Níger conquistou a independência da França em 1960 e, após uma série de tumultos, o país estabeleceu sua atual democracia em 2011. Bazoum foi o primeiro líder eleito desde então a suceder outro em uma transferência pacífica e democrática de poder. O Níger é um ator importante na luta pela democracia na África, e a derrubada de Bazoum faz parte dessa história maior. O Níger é um país sem litoral, com aproximadamente o dobro do tamanho do Texas, localizado no centro da região do Sahel, na África, uma região de savanas secas que atravessa o continente do Atlântico ao Mar Vermelho. O Sahel fica abaixo do Saara e acima da savana tropical sudanesa. Essa região está sendo duramente afetada pelas mudanças climáticas, uma vez que as temperaturas estão aumentando lá mais rapidamente do que em qualquer ou

Divergências entre as interpretações de Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares para a crise econômica do início dos anos 1960

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  Divergências entre as interpretações de Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares para a crise econômica do início dos anos 1960 Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares foram dois importantes economistas brasileiros que desempenharam papéis significativos na análise da economia do Brasil, incluindo a crise econômica que ocorreu no início dos anos 1960. Embora ambos tenham contribuído para a compreensão desse período, eles apresentaram interpretações distintas sobre as causas e consequências da crise. A seguir, exploraremos as principais divergências entre as interpretações de Furtado e Tavares. Interpretação de Celso Furtado: Celso Furtado, em seu livro "Desenvolvimento e Subdesenvolvimento", publicado em 1961, analisou a crise econômica brasileira do início dos anos 1960 sob a perspectiva do subdesenvolvimento. Para Furtado, a crise não era apenas uma ocorrência conjuntural, mas sim a expressão de problemas estruturais mais profundos enraizados na economia brasileira.

Contexto Internacional e a Política Econômica nos Governos Dutra e Vargas no Pós-Segunda Guerra Mundial

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  Contexto Internacional e a Política Econômica nos Governos Dutra e Vargas no Pós-Segunda Guerra Mundial O período após a Segunda Guerra Mundial foi marcado por profundas alterações na geopolítica mundial e por uma reorganização das relações econômicas internacionais. O cenário internacional desafiador influenciou significativamente a política econômica e o desempenho dos governos Dutra (1946-1951) e Vargas (1951-1954) no Brasil. Ambos os governos enfrentaram desafios relacionados ao crescimento econômico, inflação e equilíbrio do balanço de pagamentos, mas adotaram abordagens diferentes em suas estratégias para lidar com essas questões. Governo Dutra (1946-1951) O governo de Eurico Gaspar Dutra assumiu o poder em 1946, após a queda do Estado Novo de Getúlio Vargas. Nesse período, o mundo estava passando por grandes mudanças econômicas e políticas. A Segunda Guerra Mundial deixou um legado de devastação e reconstrução, e os Estados Unidos emergiram como uma das principais potências ec

Desviando do "Oi, tudo bem?"

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  “Tudo bem?” – continuamos a perguntar isso a todas as pessoas que encontramos. Antes, durante e depois da conversa, seja ela mais longa ou brevíssima. Usamos essa perguntinha para interromper uma conversa, para iniciar outra. Poucas vezes buscamos realmente saber se está “ tudo   bem” – ou “tudo   bem ” – com nosso interlocutor, por mais que a ênfase numa das palavras possa levar a engano, por mais que muitas vezes já saibamos o que vai bem e o que vai mal por aí. Já virou quase um vício, algo incontrolável, um cacoete. Mesmo quando nossa razão diria que não faz sentido perguntar “tudo bem?”, num velório, no corredor tenso do hospital ou aguardando a polícia chegar após alguma ocorrência, tascamos um “tudo bem?” para cada pessoa que chega perto. Está lá a pessoa, imersa no seu sofrimento, e chegamos como quem não sabe do que se trata: “tudo bem?” Lembro sempre da forma como um amigo costuma (ou costumava?) responder a essa perguntinha: “ tudo  é um exagero”. É uma forma estranha, mas