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Mostrando postagens com o rótulo Capitalismo

"I can't help myself" - "EU NÃO POSSO ME AJUDAR"

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 "Nenhuma obra de arte jamais me afetou emocionalmente como esta peça de braço de robô. Ele está programado para tentar conter o fluido hidráulico que está vazando constantemente e é necessário para se manter funcionando... se escapar muito, ele morrerá, então é  tentando desesperadamente puxá-lo para trás para continuar a lutar por mais um dia. A parte mais triste é que eles deram ao robô a capacidade de fazer essas 'danças felizes' para os espectadores. Quando o projeto foi lançado pela primeira vez, ele dançava, passando a maior parte do tempo interagindo com o  multidão, já que poderia rapidamente retirar o pequeno derramamento. Muitos anos depois... parece cansado e sem esperança, pois não há mais tempo suficiente para dançar.. Agora só tem tempo suficiente  para tentar manter-se vivo à medida que a quantidade de fluido hidráulico vazado se tornava incontrolável, à medida que o derramamento crescia ao longo do tempo. Vivendo seus últimos dias em um ciclo interminável

Divergências entre as interpretações de Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares para a crise econômica do início dos anos 1960

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  Divergências entre as interpretações de Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares para a crise econômica do início dos anos 1960 Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares foram dois importantes economistas brasileiros que desempenharam papéis significativos na análise da economia do Brasil, incluindo a crise econômica que ocorreu no início dos anos 1960. Embora ambos tenham contribuído para a compreensão desse período, eles apresentaram interpretações distintas sobre as causas e consequências da crise. A seguir, exploraremos as principais divergências entre as interpretações de Furtado e Tavares. Interpretação de Celso Furtado: Celso Furtado, em seu livro "Desenvolvimento e Subdesenvolvimento", publicado em 1961, analisou a crise econômica brasileira do início dos anos 1960 sob a perspectiva do subdesenvolvimento. Para Furtado, a crise não era apenas uma ocorrência conjuntural, mas sim a expressão de problemas estruturais mais profundos enraizados na economia brasileira.

Contexto Internacional e a Política Econômica nos Governos Dutra e Vargas no Pós-Segunda Guerra Mundial

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  Contexto Internacional e a Política Econômica nos Governos Dutra e Vargas no Pós-Segunda Guerra Mundial O período após a Segunda Guerra Mundial foi marcado por profundas alterações na geopolítica mundial e por uma reorganização das relações econômicas internacionais. O cenário internacional desafiador influenciou significativamente a política econômica e o desempenho dos governos Dutra (1946-1951) e Vargas (1951-1954) no Brasil. Ambos os governos enfrentaram desafios relacionados ao crescimento econômico, inflação e equilíbrio do balanço de pagamentos, mas adotaram abordagens diferentes em suas estratégias para lidar com essas questões. Governo Dutra (1946-1951) O governo de Eurico Gaspar Dutra assumiu o poder em 1946, após a queda do Estado Novo de Getúlio Vargas. Nesse período, o mundo estava passando por grandes mudanças econômicas e políticas. A Segunda Guerra Mundial deixou um legado de devastação e reconstrução, e os Estados Unidos emergiram como uma das principais potências ec

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL - Deslocamento do Centro Dinâmico, um debate sobre suas causas

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  A Tese de "Deslocamento do Centro Dinâmico" de Celso Furtado na Formação Econômica do Brasil e suas Críticas Introdução Na sua obra seminal "Formação Econômica do Brasil" publicada em 1959, Celso Furtado apresentou uma análise profunda da economia brasileira, defendendo a tese do "deslocamento do centro dinâmico". Segundo Furtado, a crise internacional combinada com a política econômica do Governo Federal na década de 1930 foi o fator-chave para impulsionar a superação do modelo agroexportador vigente na Primeira República. Nesta resposta, exploraremos os argumentos usados por Furtado para sustentar essa tese, seguido por uma análise crítica dos argumentos apresentados por um autor que contestou, mesmo que parcialmente, a abordagem de Furtado. Por fim, faremos um cotejo entre ambos, com a intenção de avaliar quem possui uma posição mais embasada. A Tese do "Deslocamento do Centro Dinâmico" de Celso Furtado Celso Furtado argumentou que, no iníci

É VIÁVEL A MOEDA ÚNICA DO MERCOSUL?

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   Logo no início do novo governo uma proposta de moeda comum para o grupo de países do Mercosul ganhou destaque no noticiário. Na primeira semana de Janeiro o embaixador da Argentina no Brasil sugeriu, após conversas com o ministro da Fazenda Fernando Haddad, o trabalho futuro  conjunto entre os dois países  no sentido  de se pensar em uma moeda comum. Mas isso não é algo que surgiu agora.      Destaca-se que, em 2022, o atual secretário executivo da fazenda, Gabriel Galípolo, escreveu um artigo com o próprio Haddad sugerindo uma moeda Sul-Americana. Essa ideia de uma possível "moeda única no Mercosul" é um bom ponto para discussão de teoria econômica. Mas é imprescindível chamar a atenção do leitor para as condições necessárias para que isso seja factível. Um bom exemplo é olhar para o experimento da criação e implementação do euro.        Para adentrar no tema é natural usar como ponto de partida os estudos sobre as áreas monetárias ótimas de Robert Mundell  (trabalho publ

PARA ENTENDER O MUNDO FINANCEIRO

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      A pesar de misterioso e assustador, todos nós frequentamos o mundo das finanças do mesmo modo que frequentamos o dos sonhos, os que sonhamos acordados, fazendo projetos para o futuro. Desde que temos noção da passagem do tempo, que aprendemos a distinguir passado de futuro, este último povoa nossas mentes. Sabemos que temos um futuro e que este futuro será, de alguma forma, construído por nós. Ter planos para o futuro norteia nossas vidas, confere sentido e propósito a nossas decisões. O velho Marx achava que o traço que distingue o trabalho humano da atividade instintiva dos animais era exatamente esta capacidade de sonhar acordado, de construir na mente projetos antes de concretizá-los na realidade.  Uma aranha realiza operações que se assemelham às do tecelão e uma abelha envergonha alguns mestres-de-obras humanos com a construção de seus favos de cera. Mas o que distingue de início o pior dos mestres-de-obras da melhor abelha é que ele construiu o favo na sua cabeça antes de