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Não é uma vida ruim, apenas um dia ruim!

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      Hoje é dia 27 de Setembro desse ano tão querido e abençoado de 2023, e não, não é porque eu falei isso que vou começar a ser piegas com algo que já estamos cansados de saber que em si não é muito maravilhoso ou pesadelamente desastroso, nem sei se existe essa palavra PESADELAMENTE, não tem problema, como é uma forma prática de usar o sufixo "mente" à forma feminina para indicar modo, então já valeu, pois é o modo como muitas vezes eu encaro a realidade, às vezes eu me espanto, às vezes eu me assombro, às vezes eu me maravilho com a realidade, mas confesso que em boa parte dos momentos é como se eu estivesse sedado em uma cama, ou uma câmara, onde meu corpo real se aposenta, se repousa em berço esplêndido e em uma forma corpórea alternativa eu estivesse vivendo e sentindo tudo que tem acontecido no mundo real, são turbilhões de emoções, fatos e possibilidades que vira e mexe me dão um nó nas ideias de saber que tudo é o mundo vívido e ativo acontecendo o tempo todo, e o

Desviando do "Oi, tudo bem?"

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  “Tudo bem?” – continuamos a perguntar isso a todas as pessoas que encontramos. Antes, durante e depois da conversa, seja ela mais longa ou brevíssima. Usamos essa perguntinha para interromper uma conversa, para iniciar outra. Poucas vezes buscamos realmente saber se está “ tudo   bem” – ou “tudo   bem ” – com nosso interlocutor, por mais que a ênfase numa das palavras possa levar a engano, por mais que muitas vezes já saibamos o que vai bem e o que vai mal por aí. Já virou quase um vício, algo incontrolável, um cacoete. Mesmo quando nossa razão diria que não faz sentido perguntar “tudo bem?”, num velório, no corredor tenso do hospital ou aguardando a polícia chegar após alguma ocorrência, tascamos um “tudo bem?” para cada pessoa que chega perto. Está lá a pessoa, imersa no seu sofrimento, e chegamos como quem não sabe do que se trata: “tudo bem?” Lembro sempre da forma como um amigo costuma (ou costumava?) responder a essa perguntinha: “ tudo  é um exagero”. É uma forma estranha, mas

CARTA DE UMA DESIGREJADA À IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA

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  CARTA DE UMA DESIGREJADA À IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA Lembra de quando eu era uma bênção? Querida igreja evangélica, Você lembra de mim? Nos conhecemos há muito tempo. Eu vivia entre seus bancos, subi ao púlpito, cantei, preguei, evangelizei. Lembra de quando eu era uma benção? Por muito tempo fui, até o dia que aos seus olhos virei maldição. Foi nesse dia que precisei sair. Não foi por não amar a Jesus Cristo que deixei de frequentar a igreja. Na verdade, amo tanto a Deus que não suporto ver o que vocês fazem em nome dele. Quando dinheiro virou um ídolo, quando um político é idolatrado como bezerro de ouro, quando vi que o amor esfriou, vi que já não cabia mais aí. Você me ensinou sobre o perfeito amor que lança fora todo o medo. Você me ensinou que, no Reino de Deus, o maior deve ser o menor. Você me ensinou que Cristo veio para romper com estruturas de religiosidade. Você me ensinou que Deus não precisa de governo para reinar. E eu cri com tanta força nessa verdade que não conse

BRASIL, RECONHEÇA O SEU VALOR!

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  Escritora holandesa escrevendo sobre o Brasil, texto bárbaro:  "Os brasileiros pensam que todo mundo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximiza os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e pasmem: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.  Nos Estados Unidos e na Europa ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo, ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro com a mesma mão suja e entregam o pão ou a carne. Em Londres existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal, e tem fila na porta.  Na Europa, não fumante é minoria. Se pedir mesa de não fumante

Precisamos falar sobre a vaidade na vida acadêmica

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        texto original em Carta Capital A vaidade intelectual marca a vida acadêmica. Por trás do ego inflado, há uma máquina nefasta, marcada por brigas de núcleos, seitas, grosserias, humilhações, assédios, concursos e seleções fraudulentas. Mas em que medida nós mesmos não estamos perpetuando esse  modus operandi  para sobreviver no sistema? Poderíamos começar esse exercício auto reflexivo nos perguntando: estamos dividindo nossos colegas entre os “fracos” (ou os medíocres) e os “fodas” (“o cara é bom”). As fronteiras entre fracos e ‘fodas’ começam nas bolsas de iniciação científica da graduação. No novo status de bolsista, o aluno começa a mudar a sua linguagem. Sem discernimento, brigas de orientadores são reproduzidas. Há brigas de todos os tipos: pessoais (aquele casal que se pegava nos anos 1970 e até hoje briga nos corredores), teóricas (marxistas para cá; weberianos para lá) e disciplinares (antropólogos que acham sociólogos rasos generalistas, na mesma proporção em que soció

Não seja um anti-política para o bem do país!

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Este é mais que um texto de opinião, é uma súplica para que não caiamos no terrível engano que pode nos levar a tempos sombrios, dos quais nossos pais, avós e antepassados conhecem bem.      Essa não é uma ideia nova, por mais que pareça, a negação da política vem sempre à tona por meio, sobretudo, de movimentos autoritários e de uma suposta moralização, após escândalos e eventos que abalam a confiança da população nos governantes. O pensamento que uma administração puramente técnica resolveria a maioria dos problemas de uma nação plural, multifacetada como é o Brasil é chamada de Tecnocracia , um modelo totalmente utópico onde pessoas desprovidas de ideologia fariam o melhor pro bem da nação, pro bem do país. Mas o país é o povo, o país é uma abstração de um conjunto caótico e rico, onde temos englobados diversas classes, categorias e grupos diversos. Não tem como acreditar em gestores públicos desideologizados, assim como não tem como confiar sua vida à seres angelicais assex