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Mostrando postagens de junho, 2020

O perigo do "novo"

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É você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem! - Belchior Estou aqui, estudando um pouco de história econômica, e me vêm o questionamento: Tudo que é novo geralmente é bom? Porque o fascínio, principalmente de nós brasileiros nos dias atuais do século XXI pelo novo? Pois é, recentemente surgiu até um partido com esse nome, NOVO, o atual presidente, de quem dispenso comentários, foi eleito com o slogan de uma "nova forma de fazer política", pesquise "novo" no google e achará em maioria, na pesquisa em português, a palavra associada a coisas boas e positivas. Mas cabe a mim a reflexão, se o conceito de novo é mesmo sempre bom.  Diante disso, encontrei uma ótima reflexão em um blog aqui na internet e vou referencia-lo aqui neste link .  Mas a minha reflexão vai de uma maneira mais contextual, pois é muito doido isso de associar uma palavra que poder sim ter ambos os aspectos, positivos e negativos, apenas um aspecto. O novo é slogan comerc

Pensamentos de Conclusão - Livro Stanley L. Brue - HPE II

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Atividade de leitura do capítulo 25 do livro de História do Pensamento Econômico, minha versão em PDF é da 6º edição norte americana.  PENSAMENTOS DE CONCLUSÃO Quais as conclusões, se houver alguma, que podemos tirar do nosso estudo sobre a história do pensamento econômico? Outros observadores provavelmente esboçarão variadas conclusões. Aqui estão as nossas. • A economia é uma disciplina dinâmica. Nosso entendimento sobre os princípios da economia e o trabalho da economia tem progredido ao longo dos anos e ainda está em desenvolvimento. Novas ideias e desenvolvimentos no campo da economia tenderam a ser seguidos por outras ideias e desenvolvimentos. Alguns dos pensamentos subsequentes tem estendido, ampliado e melhorado a base do conhecimento já existente; outras teorias e estudos desafiam as novas ideias. Assim, novamente notamos as linhas brancas versus as pretas na Linha do Tempo das Ideias Econômicas. Lembre-se de que as linhas brancas indicam escolas essenc

Diante da Lei

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Diante da Lei Por Franz Kafka Diante da Lei há um guarda. Um camponês apresenta-se diante deste guarda, e solicita que lhe permita entrar na Lei. Mas o guarda responde que por enquanto não pode deixa-lo entrar. O homem reflete, e pergunta se mais tarde o deixarão entrar.  – É possível – disse o porteiro -, mas não agora. A porta que dá para a Lei está aberta, como de costume; quando o guarda se põe de lado, o homem inclina-se para espiar. O guarda vê isso, ri-se e lhe diz: – Se tão grande é teu desejo, experimenta entrar apesar de minha proibição. Mas lembra-te de que sou poderoso. E sou somente o último dos guardas. Entre salão e salão também existem guardas, cada qual mais poderoso que o outro. Já o terceiro guarda é tão terrível que não posso suportar seu aspecto. O camponês não havia previsto estas dificuldades; a Lei deveria ser sempre acessível para todos, pensa ele, mas ao observar o guarda, com seu abrigo de peles, seu nariz grande e como de águia, sua barba lo

UM CONTO DE DUAS CONSTITUIÇÕES

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A história das constituições mexicana e estado-unidense e as raízes das suas enormes diferenças, texto extraído do livro "Porque as Nações Fracassam".   A essa altura, já deve estar evidente que não é coincidência o fato de terem sido os Estados Unidos, e não o México, a adotar e promulgar uma constituição que esposava princípios democráticos, impunha limitações ao uso do poder político e distribuía tal poder pela sociedade, de maneira ampla. O documento, que fez os delegados reunirem-se para redigir na Filadélfia, em maio de 1787, foi resultado de um longo processo, iniciado com a formação da Assembleia Geral em Jamestown, em 1619. É gritante o contraste entre o processo constitucional que se deu por ocasião da independência dos Estados Unidos e o ocorrido no México pouco tempo depois. Em fevereiro de 1808, o exército francês de Napoleão Bonaparte invadiu a Espanha. Em maio, havia tomado Madri, a capital do país. Em setembro, o rei espanhol Fernando fora capturado

O dia que fui ver a "leitura do meu destino"

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Mais um daqueles sites que fazem previsões e dizem saber coisas sobre nós! Vamos ver o que ele me disse: Igor Durkheim, eu diria que você ama aventura. Porque viajar, conhecer novas pessoas, e viver a variedade são seus maiores ímpetos. Você tem a curiosidade de um gato, e sua personalidade é magnética. Ao contrário da maioria, você prospera quando acontecem mudanças. Adora se envolver ao mesmo tempo em diferentes projetos e atividades, de uma única vez. Sua flexibilidade e adaptabilidade são as chaves para o seu sucesso. E com seu raro dom de inspirar e motivar outras pessoas, o que frequentemente faz com que se apoiem em você. Gosta que te vejam como alguém fora da curva, e vive pensando "o que vem agora?" Ao contrário da maioria, você tem uma habilidade MULTI-TAREFA, e consegue fazer muitas coisas ao mesmo tempo, sem suar a camisa. E isso faz com que sobreviva até mesmo em tempos incertos. Você provavelmente já percebeu que o fracasso só bate em sua porta qua

A FUNDAÇÃO DE BUENOS AIRES

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Extraído da leitura do livro "Porque as nações fracassam" Em 3 de fevereiro de 1536 o espanhol PEDRO DE MENDOZA funda Buenos Aires, batizada de Nuestra Señora del Buen Ayre. Expulsos por índios, os espanhóis voltariam em 1580 para nova fundação. No começo de 1516, o navegador espanhol Juan Díaz de Solís deparou-se com um largo estuário no litoral leste da América do Sul. Desembarcando, Solís reclamou a terra para a Espanha, batizando o rio de Río de la Plata, já que os habitantes locais possuíam prata. Os indígenas dos dois lados do estuário – os charruas, no atual Uruguai, e os querandís, nas planícies que ficariam conhecidas como pampas da moderna Argentina – viram os recém-chegados com hostilidade. Esses povos locais eram caçadores-coletores que viviam em grupos pequenos, sem fortes autoridades políticas centralizadas. Com efeito, foi um bando desses charruas que matou Solís a bordunadas durante suas explorações dos novos domínios, que ele tentara ocupar para a

AMOR CANIBAL

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Estamos livres das opressões aos sentimentos, podemos já, nos libertar para os sentidos e instintos primitivos devidamente calibrados para o desfrute de um amor selvagem. O amor selvagem Que sorte! Um leão faminto na savana africana, avista uma antílope, de carne deliciosa como todo membro da família bovídea. Ao leão, sua memória de predador lembra o sabor da última refeição que lhe foi difícil como todas, lhe nutriu, lhe satisfez momentaneamente, seus momentos com a última presa, um gnu, que raivoso na fuga, lhe rendeu aumento na experiência com caça, lembrou-se por segundos de como foi a conquista anterior, o gnu foi nervoso, deu coices muito impetuosos, lhe feriu um pouco o olho direito, mas acabou se rendendo e nas presas do leão, derramou seu sangue, se tornou um banquete ao faminto leão e aos seus, sua carne macia, como manjar do céu se desfazia na saliva do felino, suas entranhas se tornaram repositório de sabores e satisfação de um trabalho finalizado.