Não é uma vida ruim, apenas um dia ruim!
Hoje é dia 27 de Setembro desse ano tão querido e abençoado de 2023, e não, não é porque eu falei isso que vou começar a ser piegas com algo que já estamos cansados de saber que em si não é muito maravilhoso ou pesadelamente desastroso, nem sei se existe essa palavra PESADELAMENTE, não tem problema, como é uma forma prática de usar o sufixo "mente" à forma feminina para indicar modo, então já valeu, pois é o modo como muitas vezes eu encaro a realidade, às vezes eu me espanto, às vezes eu me assombro, às vezes eu me maravilho com a realidade, mas confesso que em boa parte dos momentos é como se eu estivesse sedado em uma cama, ou uma câmara, onde meu corpo real se aposenta, se repousa em berço esplêndido e em uma forma corpórea alternativa eu estivesse vivendo e sentindo tudo que tem acontecido no mundo real, são turbilhões de emoções, fatos e possibilidades que vira e mexe me dão um nó nas ideias de saber que tudo é o mundo vívido e ativo acontecendo o tempo todo, e o modo pesadelamente talvez sugira bem a você o que eu quero dizer quando me refiro a todos os acontecimentos, que assim como o trânsito na cidade de Nova Délhi na Índia, vão simplesmente surgindo no universo e foda-se seus cálculos de probabilidade, as chances que você mediu institivamente de encontrar o seu par perfeito, a sua carreira dos sonhos, fazer a viagem da sua vida, conquistar aquela coisa tão esperada, simplesmente o universo, ou melhor, o cosmos não tem compromisso com o que você calculou ser possível, simplesmente existe a esteira dos acontecimentos e eles vão sendo enfileirados um atrás do outro formando o que chamamos depois de memórias e história.
Escrevo de um quarto de hotel em Taguatinga, vim aos distrito federal participar do exame nacional de seleção para pós-graduação em economia, mais conhecido como Exame da ANPEC (Associação Nacional de Pós-Graduação em Economia), que é o único e certo caminho para trilhar o caminho rumo à pós-graduação Stricto Sensu em economia, seja mestrado ou até mesmo doutorado em algumas das instituições associadas. O exame é em si uma maratona de dois dias, e bem cansativa viu, vou fazer um post no blog só sobre essa experiência que está acontecendo. Mas voltando ao foco da escrita, minha amiga, meu amigo que me lê, ou lê meu blog, ou lê esse texto, vai que botei em outro lugar, orever.
Eu hoje dormi o resto da tarde toda, pois fui dormir muito tarde ontem, com um mix de medo e ansiedade com as provas que se aproximavam, medo de perder o horário ou dar alguma merda de última hora, pra variar acabei imprimindo a folha errada, ao invés de imprimir o comprovante de inscrição que era IMPRESCINDÍVEL, como estava escrito no manual do candidato, eu acabei imprimindo ficha de inscrição que era só um formulário para simples conferência, então já tinha a missão de acordar cedo e procurar nas redondezas um lugar que fizesse a impressão e desse tempo de eu ir tranquilo para a Universidade Católica de Brasília, que é onde está se realizando o exame. Eu definitivamente não estudei como deveria para esse exame, mas como eu calculei, não teria como, fiz o possível dentro da minha realidade, fiquei até tarde, umas 2 da manhã estudando Macroeconomia que seria a primeira prova do dia, tive também estatística na parte da manhã e economia brasileira objetiva na parte da tarde. Acordei hoje muito cedo com o barulho da avenida aqui, que se chama pistão Sul, eu e a Loys rimos muito desse nome antes de fazer a reserva no Hotel, mas Brasília tem dessas coisas, nomes de endereços que parecem códigos secretos (pra tomar um ônibus foi outra história, cada nome que me deixava sem entender, mas o importante é que eu me achei).
Ao acordar (ou ser acordado), eu vi que tinha despertado bem antes do despertador que tinha colocado pras 07:00h da manhã, que é o horário marcado para o café da manhã do hotel ser servido. Eu não esperava que tinha uma tropa de peão de obra a todo vapor já fazendo as honras no refeitório antes das 7, e eles riam e falavam alto, não tinha como não ouvir, eu estou no 1º andar e o café da manhã é servido no 3º andar, quando cheguei lá, parece que só tinha eles tomando seu café matinal, em ritmo intenso já pra começar um produtivo dia em alguma obra, todos com aquele sotaque forte nordestino e eu no meio daqueles homens com roupas já sujas de trabalho de bermuda e chinelo já meio deslocado só pensava no que o dia me tinha preparado para viver. Após tomar café eu fui pra rua procurar uma copiadora para imprimir os papéis, além do comprovante de inscrição para apresentar na hora da prova também fui imprimir o formulário de inscrição para o mestrado PPGOM da UFPEL, que é o mestrado na universidade onde me formei. Ao pedir uma carta de recomendação ao meu professor orientador do meu TCC na graduação, ele me fez uma proposta de ir fazer o mestrado lá mesmo, interessante que ele me assegurou que poderei conseguir uma bolsa de estudos, o que me fez ficar bem entusiasmado porque ele é também o coordenador da pós graduação no DECON UFPEL (Departamento de economia da UFPEL), e um mestrado com bolsa para mim seria o melhor dos mundos.
Resumo da história, conseguia achar uma copiadora em uma dessas ruas pra dentro do bairro de Águas Claras, a impressão era 2,00 por folha, mas mesmo imprimindo 6 folhas a moça que se chama Maísa, me cobrou só 4,00 muito simpática. Embora tudo seja muito espaçoso e grande aqui pra se andar a pé, do hotel até a universidade católica é apenas 1km, então cheguei a tempo de fazer a prova sem maiores transtornos. O dia amanheceu fresquinho, nem parece que estamos vivendo uma das épocas mais quentes da história, acho que até choveu lá pelas tantas. As provas foram extremamente difíceis, falo porque esse foi o relato dos colegas que se sentaram comigo no pátio aguardando outra prova, imagina pra mim que mal estudei. Depois do almoço, eu tive só o tempo de tomar um banho aqui no hotel e voltar pra última prova do dia, fiz arrastado, tudo que eu queria era terminar e ir pro meu quarto dormir tudo que meu corpo estava me cobrando, por fim eu dormi e acordei no final da tarde, com uma cara de derrota, mas lembrei dessa frase: - Não é uma vida ruim, é só um dia ruim.
Nada como um dia após o outro! Um salve pra moça do xerox! haha ♪ ♫
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