O Andar do Bêbado

 Como o acaso determina nossas vidas



Busco neste post pincelar em doses homeopáticas frases e trechos deste primeiro livro que me dispus a começar e terminar em 2021

Prólogo
[...] Nas últimas décadas, surgiu um novo campo acadêmico que estuda o modo como as pessoas fazem julgamentos e tomam decisões quando defrontadas com informações imperfeitas ou incompletas. Suas pesquisas mostraram que, em certas situações que envolvem o acaso, nossos processos cerebrais costumam ser gravemente deficientes. (pg. 7)

[...] Nadar contra a corrente da intuição é uma tarefa difícil. Como veremos, a mente humana foi construída para identificar uma causa definida para cada acontecimento, podendo assim ter bastante dificuldade em aceitar a influência de fatores aleatórios ou não relacionados.  (pg. 9)

[...] O andar do bêbado vêm de uma analogia que descreve o movimento aleatório, como o trajeto seguido por moléculas ao flutuarem no espaço, chocando-se incessantemente com suas moléculas irmãs. Isso pode servir como uma metáfora para a nossa vida, nosso caminho da faculdade para a carreira profissional, da vida de solteiro para a familiar, do primeiro ao último buraco de um campo de golfe. A surpresa é que também podemos empregar as ferramentas usadas na compreensão do andar do bêbado para entendermos os acontecimentos da vida diária. (pg. 10)

1. Olhando pelo olhar da aleatoriedade
[...] O desenho de nossas vidas , como a chama da vela, é continuamente conduzido em novas direções por diversos eventos aleatórios que, juntamente com nossas reações a eles, determinam nosso destino. Como resultado, a vida é ao mesmo tempo difícil de prever e difícil de interpretar. (pg. 12)

[...] muitas pesquisas apontam para uma conexão próxima entre as partes do cérebro que avaliam situações envolvendo o acaso e as que lidam com a característica humana muitas vezes considerada a nossa principal fonte de irracionalidade, as emoções. (pg. 13)

[...] Os mecanismos pelos quais as pessoas analisam situações que envolvem o acaso são um produto complexo de fatores evolutivos, da estrutura cerebral, das experiências pessoais, do conhecimento e das emoções. (pg. 13)

[...] A capacidade de tomar decisões e fazer avaliações sábias diante da incerteza é uma habilidade rara. Porém, como qualquer habilidade, pode ser aperfeiçoada com a experiência. (pg. 15)

[...] Hoje em dia, os economistas fazem todo tipo de coisa - explicam porque os professores recebem salários tão baixos, por que os times de futebol valem tanto dinheiro e por que as funções corporais ajudam a estabelecer limite para o tamanho das criações de porcos (um porco produz de três a cinco vezes mais excrementos que uma pessoa, portanto uma fazenda com milhares de porcos costuma produzir mais detritos  que as cidades vizinhas).  (pg. 16)

[...] Como era possível? A resposta se encontra num fenômeno chamado regressão à média. Isto é, em qualquer série de eventos aleatórios, há uma grande probabilidade de que um acontecimento extraordinário seja seguido, em virtude puramente do acaso, por um acontecimento mais corriqueiro. (pg. 17)

[...] É por isso que as pessoas bem-sucedidas em todas as áreas quase sempre fazem parte de um certo conjunto - o conjunto das pessoas que não desistem. (pg. 20)

[...] Portanto, a realidade que percebemos não é reflexo direto das pessoas ou circunstâncias que a compõe, e sim uma imagem borrada pelos efeitos randomizantes de forças externas imprevisíveis ou variáveis. Isso não quer dizer que a habilidade não importe - ela é um dos fatores ampliadores das chances de êxito -, mas a conexão entre as ações e resultado não é tão direta quanto gostaríamos de acreditar. Assim, nem nosso passado é tão fácil de compreender nem é fácil prever nosso futuro, e em ambos os empreendimentos podemos nos beneficiar da capacidade de enxergar além das explicações superficiais. (pg. 21)

Olhando pela mente da aleatoriedade 

     O autor judeu se recorda das chamas dançantes das "velas do Sabá" e começa o livro falando sobre recordações com o seu pai que foi preso em um campo de concentração nazista. Já quase morrendo de fome, roubou um pão de uma padaria, e o padeiro fez com que a gestapo reunisse todos os suspeitos, o padeiro disse que alinhasse todos e fosse fuzilando um por um até que alguém confessasse. O pai do autor deu um passo à frente para poupar os outros. Disse que não queria ser pintado de heróico, mas como já esperava ser fuzilado tomou essa atitude, por um lance de sorte, como disse o pai dele, o padeiro ao invés de mandar fuzila-lo deu a ele um emprego como o seu assistente. 

    O autor continua arruma uma conclusão surpreendente, o pai dele disse: não teve nada a ver com você mas se o desfecho fosse diferente você nunca teria nascido, e conclui neste momento: "me dei conta de que devo agradecer a Hitler pela minha existência" pois os alemães haviam matado a mulher de meu pai e seus dois filhos pequenos apagando assim sua vida anterior introduzindo ainda o tema do livro lembrando de lições com seu pai que não falava muito da guerra pois queria transmitir uma lição a ele maior sobre a vida o papel do acaso em nossas vidas não é exclusividade dos extremos o desenho de nossas vidas como a chama da vela é continuamente conduzido em novas direções por diversos eventos aleatórios que juntamente com nossas reações a eles determinam o nosso destino como resultado a vida é ao mesmo tempo difícil de prever e difícil de interpretar tudo isso para dizer que embora a interpretação do acaso em nossas vidas possa ser dada de diversas maneiras há maneira certas erradas de fazê-lo.

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