É TUDO UM TREINAMENTO
Pode observar, enquanto estávamos na creche, na pré-escola ou até mesmo no fundamental, nos davam lições que não imaginávamos como seriam úteis usar na vida diária depois de crescidos. Quando digo crescidos isso pode ser relativo, até para mim que ando numa maré antirrelativista da moléstia. Sei que mesmo em meus plenos 27 anos de idade, ainda estou longe de poder dizer que já estou amadurecido, como diz a música do saudoso Renato Manfredini: Não sou mais tão criança, a ponto de saber tudo.
Vivendo aqui em Goiânia, de pequeno até meus 23 anos de idade, achava que estava me preparando pra entrar num ciclo virtuoso de um caminho sem volta para a vida adulta, cheia de portas abertas e vantagens por assim dizer, responsabilidades que viriam com um pacote de possibilidades novas, me imaginava casado com a primeira namorada que eu tivesse, morando numa casa boa, mobiliada e bem localizada, com um carro na garagem e filhos já pra criar e continuar a minha história, já numa versão adulta/ pronta como pessoa integrante na sociedade. Um verdadeiro conto imaginativo que ouvia na igreja que eu frequentava, que seria meu futuro, tal como os adultos daquela época pintavam pra mim. Sabia que eu não teria nada de extraordinário, como ir ao espaço, ou fazer uma grande invenção, criar uma cura ou dirigir um filme, porém pensava que teria o básico pra cumprir o personagem pelo qual estavam me preparando pra eu viver.
Acontece que o que se seguiu foram reveses que eu nem cogitava pelos quais eu iria passar, o primeiro e principal foi o de ter perdido aqueles que me mentoriavam, aqueles de onde eu tirava minha base para a explicação pra esse mundo que eu vim a enfrentar. Não imaginava que meus avós maternos, meu pai e minha mãe seriam tirados de mim, logo que estivesse prestes a começar a vida adulta. Descobri que o roteiro da nossa vida é escrito e reescrito a cada segundo da nossa respiração, e não somos fruto apenas de nossas próprias escolhas, mas estamos ao sabor das escolhas de muitas outras pessoas que na maioria das vezes nem sabe o nosso nome.
Muito verdadeiro, e uma boa forma de enxergar os momentos difíceis. Tento levar para minha vida o seguinte lema: Se Deus permitiu que eu passasse por certas situações foi para que eu não reproduzidas certos comportamos e também ajudar quem está passando. Acredito que o propósito de cada indivíduo neste plano é tornar ele um pouco melhor.
ResponderExcluirNossa, muito boa a sua reflexão, quem dera se todos nós tivéssemos essa abordagem ao olhar pra vida
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