Jornada de Bike Uruguai 2020 - Parte II

Jornada de Bike Uruguai 2020 - Parte II


  Passo a relatar aqui nesse diário de bordo o trajeto após desembarcar no Chuí (ou para os Uruguaios, Chuy). Logo após descer do busão eu e meu companheiro de aventura, Paulo de Tarso, tratamos de desembarcar nossas tralhas do bagageiro do ônibus e começamos a adaptar a nossa bike para levar todas as coisas, uma caixa de feira sobre o banco, amarrada com presilhas, que o Paulo chama de "enforca gato", nessa caixa que ficou sobre a garupa foi de intensa importância porque tivemos muitas quedas da bike durante o trajeto, é nelas levamos a nossa comida, pacotes de macarrão, arroz de 1 kg, costela defumada, linguicinha defumada, calabresa defumada, molho de tomate, sardinhas, farofa pronta e algumas outras coisinhas que eu possa estar esquecendo, sem contar os temperos que o Paulo levou numa sacola junto com os utensílios de cozinha, colher de pau pra mexer a comida, duas panelinhas, dois pratos de plásticos, facas e garfos. Na minha bike coloquei uma garupa e uma cestinha, além de uma bolsa onde se poderia colocar coisinhas como escova de dente, pasta de dente e protetor solar. Nas costas só levei uma mochila hidratante, que um cara quis me vender quando fui na loja colocar uns acessórios, mas confesso que não me foi muito útil, no começo me ajudou, tomar água enquanto pedalava, mas começou a vazar água nas minhas costas e me deixou totalmente encharcado. O Paulo colocou um guarda sol adaptado no cano da bike, essa sacola com utensílios de cozinhar na lateral traseira além do saco de dormir em cima da muamba toda. Eu levei as latas onde faríamos o fogãozinho caseiro, que nos alimentou a viagem inteira, esse foi um empreendimento bem sucedido. A parte horrível foi ter que lidar com óleo queimado na roupa e nas outras coisas. 

  Fomos numa casa de câmbio do lado do Uriguai e trocamos os reais em pesos uriguaios, meus 400 reais se tornaram 3.600 pesos. Enfim, seguimos direto para a Aduana uruguaia onde registramos nossa entrada bem rapidamente só com a identidade. E de lá seguimos direto para Punta Del Diablo, onde passaríamos a primeira noite. Antes disso passamos pela Fortaleza de Santa Tereza, pagamos 50 pesos para entrar e conhecemos toda história daquele lugar. Muito legal, vimos as armas daquela época, século 18, canhões e baionetas, carroças, balas de canhão, as roupas dos soldados, os quadros com os capitães, as construções bem conservadas, o lugar dos enfermos, a cozinha, o patente (banheiro) entre outras coisas, super recomendo a quem estiver passando por perto parar pra conhecer a Fortaleza de Santa Tereza. 

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