A PRIMEIRA DÉCADA REPUBLICANA (1889-1899)
A primeira década republicana foi das mais difíceis para a política econômica, isso devido a mudanças estruturais profundas para a economia do país. Veremos quais foram as causas e os ingredientes que fizeram desse período, também chamado de primeira república, um dos períodos mais turbulentos na história econômica brasileira. E isso se deveu principalmente aos seguintes fatores:
- A súbita disseminação do trabalho assalariado no campo - O reordenamento da inserção do país na economia internacional A disseminação do trabalho assalariado, de maneira súbita, está relacionada ao fim da escravatura e à entrada de maciça mão de obra de imigrantes ao longo da década de 1890. O reordenamento da inserção do país na economia internacional, se deu devido ao extraordinário florescimento das relações financeiras do Brasil com o exterior. Essas transformações modificam as escolhas no contexto da política econômica, que são afetadas por múltiplos fatores como: POLÍTICA, DOUTRINA E PERSONALIDADE. A primeira década da república foi repleta de crises políticas, embates doutrinários e grandes personalidades. O que faz com que a política econômica não tenha explicações fáceis. A década de 90 seria memorável em seus debates entre metalistas e papelistas em torno da orientação a ser dada à política macroeconômica.
Charge ironizando os signatários do Convênio de Taubaté que retiram o dinheiro público para beneficiar os cafeeiros |
O debate brasileiro na segunda metade do século XIX entre papelistas e metalistas se dá como reflexo do debate na inglaterra entre os bulionistas e os antibulionistas, sendo os bulionistas ortodoxos, da Currency School e os antibulionistas, heterodoxos da Banking School. Os bulionistas defendiam a TQM (Teoria Quantitativa da Moeda), ou seja, quanto mais moeda emitida, mais moeda ofertada, provocando assim inflação (aumento generalizado dos preços na economia).
Comentários
Postar um comentário