Entre Memórias e Novos Começos: Uma Reflexão de Igor
Hoje, dia 11 de outubro de 2024, encontro-me em um apartamento na zona sul de Porto Alegre, cercado por novas experiências e lembranças que me moldaram até aqui. Aos 30 anos, sou estudante do mestrado no Programa de Pós-Graduação em Organizações e Mercados da UFPEL. Ao olhar para trás, sinto uma alegria profunda por estar trilhando um caminho que é inédito na minha família, originária de raízes muito humildes.
Recordo com carinho meu tio Daniel, que sempre sonhou com uma vida melhor, mas acabou enfrentando dificuldades que o tornaram um homem doente e tutelado pela minha tia Eneida. As palavras de incentivo da minha mãe ecoam na minha mente: “Bora viver, Daniel!” e “Mente vazia é oficina do que não presta!” A vida não é fácil, mas sempre houve um incentivo para seguir em frente.
A dor da perda ainda é fresca em minha memória. Meu tio Zé Neto, que partiu tragicamente este ano, é uma lembrança que pesa em meu coração. Seu desaparecimento em Goiânia, seguido por uma luta contra a Dengue Hemorrágica, me deixou reflexivo sobre as fragilidades da vida. Ele sempre teve uma luz única e, de alguma forma, continua a me inspirar a valorizar cada momento.
Meu retorno a Porto Alegre foi marcado por uma carona amigável. Maria Cleice, a motorista do Bla Bla Car, me acolheu junto a outros passageiros. Camila, uma estudante de Farmácia, estava ao meu lado, e logo se apresentou como a “AMOR DA MINHA VIDA” quando compartilhou o contato do namorado. Ao meu outro lado, um Técnico em Enfermagem conversou animadamente sobre sua companheira que estuda Filosofia. Uma mulher mais reservada contribuiu pontualmente com observações, acrescentando à atmosfera de camaradagem.
Na manhã de hoje, em Pelotas, acordei sob uma chuva incessante. A aula de Macroeconomia com o Professor Dr. Régis Augusto Ely é uma das mais esperadas do meu curso, e eu não poderia deixar de ir. Após um café rápido na Padaria Delícias da Colônia, onde, sob a proteção do meu guarda-chuva, busquei um pouco de energia, pedi um carro para me levar ao campus. Para minha surpresa, um Renault Duster apareceu, um sinal de que os tempos não estão fáceis para ninguém.
Durante a corrida, conversei com o motorista sobre a RADIO GARDEN, uma plataforma que me permite ouvir estações de rádio de todo o mundo. É como viajar sem sair do lugar, uma forma de conectar-me a diferentes culturas através das ondas sonoras. Assim como a teoria econômica que estou aprendendo, a rádio me faz perceber que cada história tem seu contexto, sua riqueza.
Na aula, o professor abordou a equação de movimento no modelo de Solow. A pressão de apresentações semanais faz meu coração acelerar, mas sei que este desafio é parte da jornada. Após a aula, a chuva voltou a cair, mas não me importei; almocei no RU do Anglo, rodeado por amigos animados como Rafael, Jéssica, Wandson e Adriano. A companhia deles sempre traz uma leveza que faz o peso dos estudos parecer menor.
Enquanto me preparo para o concurso do BNDES neste domingo e planejo tirar a segunda via da minha identidade perdida, reflito sobre o que deixei para trás e as possibilidades que me aguardam. Estou vivendo um momento único, onde cada dia é uma nova oportunidade de aprendizado e crescimento.
Neste percurso de vida e estudos, carrego as lembranças da minha família e os desafios que enfrentamos juntos. A vida é um mosaico de memórias e novas experiências, e estou determinado a fazer a diferença. Bora viver!
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