CRÔNICAS DO TEMPO E DA PACIÊNCIA

A Jornada Acadêmica Hoje sou um homem de 31 anos. Quem diria? Contra todas as estatísticas de expectativa de vida para jovens nascidos em regiões com altas taxas de criminalidade, onde cresci, romper barreiras foi para mim motivo de orgulho. Claro, o mundo evolui a um ritmo exponencial, enquanto o capitalismo avança em dinâmicas de tecnologia, inovação e ampliação do mercado consumidor. Tudo isso frente à precarização da mão de obra, salários corroídos pela inflação, jornadas de trabalho exaustivas e a exploração do trabalhador por meio de políticas que apertam, cada vez mais, o lombo dos menos favorecidos. Mesmo assim, consegui buscar uma melhor qualificação e concluir uma graduação na Universidade Federal de Pelotas, uma das melhores do país. Apesar da pandemia e das dificuldades financeiras, com a ajuda de bolsas e programas de permanência da instituição (como Restaurante Universitário, Auxílio Moradia e Transporte Estudantil), alcancei o que parecia distante. Fiz estág...