A QUEBRA DA QUARTA PAREDE

 Eu cá conversando com meus botões em uma dessas dúvidas que me aparecem, resolvi consultar o chat gpt nessa questão:

    O grupo de teatro brasileiro “melhores do mundo” tem uma prática interessante que, enquanto estão atuando, fazem pausas e observações para a plateia, ou as vezes saem do personagem e os atores se divertem enquanto fazem a peça, é como se estivessem se divertindo assim como a platéia que pagou o ingresso. Do ponto de vista artístico e até mesmo literário, como podemos classificar o tipo de obra que “quebra a quarta parede”? No caso eu sei que existem classificações, e nomenclaturas para obras que falam e referenciam a si mesmas, ou de algum modo falam de um outro contexto paralelo, ou até mesmo descrevem outras histórias em outros universos, usando aqui a palavra “universo” como é usado em “universo marvel”, “universo do homem aranha”, “universo do chaves”, “universo do bob esponja”, “universo dos x-men” etc… não lembro se a palavra é antologia ou algo assim, me ajude



Adorei a referência ao grupo “Os Melhores do Mundo” — eles realmente fazem esse jogo cênico muito bem, misturando teatro, improviso e humor com metalinguagem.

Vamos destrinchar isso com base em termos artísticos e literários:


1. Quebra da Quarta Parede

Esse é o nome técnico mesmo para o momento em que um personagem "sai" da história e fala diretamente com o público.

  • Origem: Vem da ideia de que o palco tem três paredes visíveis (os lados e o fundo), e a quarta seria a parede invisível entre o palco e a plateia. Quando o ator fala diretamente com o público, ele “quebra” essa parede.

  • Exemplos famosos: Deadpool, House of Cards, Fleabag.


2. Metalinguagem

É quando uma obra fala sobre si mesma ou sobre o próprio meio de comunicação (teatro falando sobre teatro, filme sobre filmes, etc).

  • No teatro: Atores comentando a peça ou sua atuação fazem metalinguagem.

  • Na literatura: Um livro em que o narrador comenta o processo de escrita ou a estrutura da história.

  • Nos quadrinhos/filmes: Quando o personagem sabe que está numa obra fictícia.


3. Metaficção

Relacionado à metalinguagem, mas mais específico à literatura e narrativa.

  • É quando a obra deliberadamente chama atenção para o fato de ser uma ficção, quebrando a ilusão.

  • Pode ter vários níveis de narrativa (história dentro de outra história, personagens que sabem que são personagens, etc).


4. Universos Ficcionais / Multiverso

Quando você citou "universo Marvel", "universo do Chaves", etc., você está falando de universos ficcionais compartilhados:

  • São conjuntos de obras que compartilham o mesmo mundo, regras, personagens ou cronologia.

  • Quando há histórias paralelas, versões alternativas ou dimensões diferentes, aí entramos em multiversos.

  • Pode ser também uma forma de antologia, quando são várias histórias diferentes que compartilham um tema, estética ou universo (como a série Black Mirror ou Love, Death & Robots).


5. Intertextualidade

É quando uma obra faz referência a outra obra, estilo ou universo.

  • Pode ser sutil (uma citação) ou bem escancarado (paródias, homenagens, universos cruzados).

  • Os "Melhores do Mundo", por exemplo, fazem muito uso de intertextualidade com cultura pop e teatro clássico.


Em resumo:

  • O que você descreveu nos “Melhores do Mundo” é uma mistura de quebra da quarta parede, metalinguagem e metaficção.

  • Quando obras falam de si, ou do seu próprio universo, estamos nesse campo da metalinguagem/metaficção.

  • E quando você pensa em “universos” como Marvel ou Chaves, está lidando com universos compartilhados, ficções seriadas ou até multiversos.

  • “Antologia” se aplica mais quando há várias histórias independentes, mas com uma ligação temática ou formal, nem sempre no mesmo universo.

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