Defendendo o evangelho?

"É verdade, contudo, que alguns proclamam a Cristo por inveja e rivalidade, porém outros o fazem com boas intenções. Estes o fazem por amor, conscientes de que fui posto aqui para defesa do Evangelho; " - Filipenses 1:15-16

       Paulo, grande apóstolo de Cristo, responsável por maioria dos livros do novo testamento da bíblia, literalmente o precursor da fé cristã ao mundo ocidental, se preocupou com inúmeros assuntos, deixou códigos de fé e conduta, instrução para novos e antigos convertidos. Foi o apóstolo que sistematizou e até mesmo, deu um aspecto pedagógico da doutrina de Cristo, fez leituras profundas da realidade prática da vida espiritual cristã e faz distinções claras do que é orientação prática voltada pra determinada época, condição e contexto e o que é figura de linguagem para apresentar realidades espirituais mais profundas. 

   Apenas pessoas com vivências profundas espirituais podem entendem de fato alguns temas de que tratam o apóstolo.  Paulo por várias vezes cita uma luta contra a carne, usa a Vitória contra o mundo, fala em combate e defesa do evangelho. Porém essa militância cristã na qual se aprofunda o apóstolo nada tem a ver com a cruzada que muitos líderes religiosos ou só religiosos mesmo, que tem algum destaque no meio evangélico do Brasil tem travado nos últimos tempos. Acusam a esquerda de "estragar .imagem de Deus" o colocando a serviço de sua ideologia, porém quem mais usa a imagem de Cristo para promover seus pensamentos políticos são os mesmos. 

   Escrevo este texto em um momento histórico do país onde as paixões e a emoção muitas vezes falam mais alto do que a razão, as paixões ocupam um espaço muito nobre e importante nas noção vidas, a evolução nos fez termos muitas habilidades advindas da inteligência emocional, porém as emoções quando não refreadas no que se refere a fazer uma leitura fria e calma de certas situações, podem levar a situações onde não se tome a decisão correta por uma turva visão da realidade. A polarização política foi e é uma ferramenta poderosa usadas por estrategistas políticos, que partem para cima das pessoas ávidos por grande adesão apelativa.