O VERDADEIRO TERROR DOS BOLSONARISTAS


      Os dias que seguiram o infame 8 de Janeiro e a vergonha colossal de bolsonaristas radicais fragmentou a massa de eleitores do presidente Jair Bolsonaro. Havia os presos em flagrante que choravam uma retórica sem cabimento de maus tratos da Polícia Federal. Os que temiam ser encontrados e detidos, além dos que vão pensar duas vezes antes de citar a liberdade de expressão como escudo para ser criminoso. E no que depender do Judiciário essa sensação de alerta constante deve durar por mais algum tempo. Alexandre de Moraes comanda a mais extensa delegação investigativa da história do Brasil. São 150 peritos ainda em atividade revelando DNA. São cinco tecnologias diferentes de reconhecimento facial para analisar imagens além de um time de internet para rastrear sinais de celulares e marcar a localidade dos golpistas. De longe o mais ambicioso plano para o desmonte de uma organização criminosa em solo brasileiro, Moraes já começou a pescar peixes maiores que os lunáticos, mal informados ou mal intencionados que tomaram Brasília de assalto. A lista com empresas envolvidas com financiamento do golpe já supera 120 nomes, e pelo menos dez delas já têm carros de luxos e ônibus bloqueados pela Justiça como forma de reparar os danos materiais nos três palácios invadidos. Sem sono também está o agora preso preventivamente Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. Já no Brasil ele optou por ficar calado em seu primeiro depoimento. (Ele também pediu a visita de uma psicóloga, alegando estar muito abalado e sem dormir). E se por aqui Bolsonaristas não dormem, lá em Orlando o ex-presidente fujão também não deve pregar o olho. Temendo ser deportado, ele cogitou voltar para o Brasil, mas vendo o cerco apertar por aqui, optou por ficar mais um tempo fora. De terrorista a aterrorizado.

    A Argentina bateu na terça-feira (17) um dado histórico, mas triste. O dólar no mercado paralelo chegou a 378 pesos, um recorde desde março de 1991. Já a cotação oficial do governo Alberto Fernandez fechou o dia em 189 pesos. Ou seja, a diferença entre a cotação do dólar paralelo e a cotação do governo é de 107%. O valor é resultado de uma inflação que, em 2022, ficou em 94,8%. Depois de renegociar dívidas e anunciar que vai fazer uma nota de 1 mil pesos, a aposta do presidente Fernandes reside na visita de certo presidente brasileiro barbudo que deve ir à Argentina falar de acordos e negócios ainda em janeiro.

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