A SAGA DO ESPINHO DE PEIXE

 O que era pra ser um atendimento corriqueiro, apesar de inusitado, se tornou uma saga do espinho de peixe. Tudo começou quando eu estava na casa da Loys, era uma noite de domingo, eu já me preparava pra ir embora quando a dona Marinalva me disse que iria fazer um peixe pra gente comer na janta, era um pintado, eu apesar de não ser o maior amante de peixe vi que seria um prato especial. Ela fez um peixe ao molho, colocou leite de coco e só o cheiro já estava uma delícia, tinha salada com alface americana e tomate bem temperadinho, ela ainda por cima fez um suco de tamarindo, da própria fruta, era a refeição perfeita pra encerrar a noite com chave de ouro, eu contei da minha viagem que tinha sido roubado e que estava organizando pra refazer os cartões de banco e a segunda via dos documentos, foi quando na primeira colherada eu engoli um espinho maior que o normal.

    Não me atentei que o pedacinho que eu botei na boca tinha uma surpresa, já comecei engasgar e tentar tirar aquele troço daquele tamanho da minha goela, corri pro banheiro e enfiei o dedo indicador na minha garganta, mas o que consegui foi enfiar mais o espinho pra dentro, comecei cuspir mas só saía sangue, a Loys disse que viu minha boca cheia de sangue e começou a querer vomitar, tadinha, ela ficou mais desesperada que eu, disse que tinha que ir pra UPA, e ela desesperada tentando achar o endereço da UPA pra ir, acabamos indo na do Jardim Itaipu porque a UPA do Buriti Sereno estava fechada, e fomos eu e a Loys pra UPA só que lá o médico que me deu uma olhada disse que dificilmente eu teria atendimento em Aparecida de Goiânia, porque não havia equipamento apropriado, porém eu poderia tentar o atendimento no HEAPA (Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia) e de lá eu fui mais do que de pressa pra lá com o espinho arranhando toda minha goela.



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