E lá vamos nós, para mais uma...

  


O Blog como válvula de escape

  É incrível como é importante para mim uma mensuração externa de todo emaranhado de pontas soltas na minha mente, é como se eu precisasse abrir meu crânio, como numa tampa e retirar de dentro dele um bolo de fios embolados e comece a desembaraçá-los colocando em cima de uma mesa em uma sala fechada, tipo de um centro cirúrgico bem pequeno, com uma luminária bem forte, pra focar exatamente naquilo que eu quero desenrolar e entender onde começa e onde termina a ponta daquele fio, este espaço, como alguns cadernos e agendas, ou até mesmo outros espaços virtuais cumprem esse propósito, no sentido de organizar coisas que parecem estarem inconciliáveis. 

    Já me disseram em uma viagem que fiz com uns colegas de pós-graduação para um congresso em Belo Horizonte que eu era A CARA DO TDAH, quando eu ouvi isso eu achei engraçado em um primeiro momento, mas depois também fiquei puto, porque uma pessoa que não me conhece, pelo contrário, só conviveu comigo um final de semana e algumas horas dentro do ônibus na interminável viagem entre Pelotas e Belo Horizonte, não tem autoridade alguma pra me diagnosticar, fiquei tipo: - Quem tu acha que é meu irmão?, pois bem, tendo ou não algum transtorno psicológico, coisa que acho difícil de uma pessoa que vive nesse mundo brasileiro de 2024, cheio de informações, distrações e algoritmos viciantes (que nos tornam macaquinhos viciados em dopamina), eu sei que preciso organizar minhas ideias, e nada melhor do que botar tudo no papel, ou no blog, como é meu caso.

Uma mente lúcida é uma mente esperançosa

    No meu caso percebo a escrita como uma terapia, onde as ideias obrigatoriamente tem que fazer algum sentido ao sair da esfera dos meus pensamentos, eu não costumo ter inveja de muitas coisas, mas algumas específicas eu confesso que tenho, invejo pessoas com um esclarecimento genuíno, pessoas que notoriamente estão lúcidas em suas faculdades mentais, pessoas que não sucumbem à estafa ou ao niilismo que é uma maneira bonita de se nomear a depressão. Vou ousar dizer que uma ferramenta eficaz contra a depressão é a noção de propósito, ou em um português bem claro, a esperança, o sentimento de que o amanhã vai valer a pena ser vivido, de que o pior já passou ou que o melhor ainda está por vir, é sem dúvidas a frase que impera e motiva a todos os fiéis cristãos que lotam as igrejas, mas no contexto geral, é sim a força que mantém o homem e a mulher de pé, como diz o nosso velho amigo Apóstolo São Paulo: 

 Assim, permanecem agora estes três: a , a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.  Coríntios 13.13

    No meu caso, olhar pra minha vida e ver que estou prestes a ter superado o primeiro semestre de 2024, onde estou cursando o mestrado no PPGOM-UFPEL, um desafio que me propus no ano passado, um compromisso de médio e longo prazo, que exige disciplina e desafio ao que eu achava que seria capaz, estou desafiando minha capacidade acadêmica, me obrigando a ser um bom estudante e um pesquisador profícuo, pois existe um fantasma que assombra a todo rapaz e toda moça na minha situação que se chama: síndrome de impostor, mas a presença desse cara já é tão comum que a gente chama ele pra tomar chimarrão na praça, fazemos caminhadas juntos e tá tudo bem, ele só vai ir embora quando a culpa cristã ser vencida e entendermos que não precisamos ser perfeitos mas sim estar em constante aperfeiçoamento, e prefiro ser assim, do que um completo imbecil convicto de coisas que eu sei que não vão me fazer crescer enquanto ser humano vivente na face dessa terra. 

Preocupações além do mestrado

   Porém além desse mestrado, que é um tiro curto na qualificação como pesquisador acadêmico, um mergulho rápido, porém profundo na ciência, no meu caso na ciência econômica, tenho também objetivos de vida, como ser aprovado em um concurso público, para isso estou me preparando pra realizar as provas que geralmente exigem deslocamento, no meu caso ir pra Porto Alegre ou Brasília, me inscrevi, isso é uma coisa, agora me preparar de fato para ir e valer a pena meu gasto com passagem e hospedagem é outra coisa. Nesse mês de outubro planejo fazer duas provas de concurso federal em Porto Alegre, será desgastante, visto que minha restrição orçamentária está forte, além disso tem também o compromisso de entregar um trabalho pra uma mulher que me pediu ajuda para concluir uma parte, como colaborador, no trabalho de qualificação dela, tem também minha preocupação com minha casa em Senador Canedo, por mais que tenha alguém ali morando, quem é proprietário sempre vai se preocupar se a casa está sendo bem cuidada ou não, ainda mais sabendo que é o bem de mais valor que tenho no momento. 

     Me preocupo com minha saúde, estou em um momento de não conseguir praticar exercícios com regularidade, o tempo frio em Pelotas me deixa muito ressabiado, já são duas vezes que meu pulmão encheu, a tosse veio e não foi embora mais, a ansiedade me faz descontar na comida uma sensação de segurança que eu sei que só está me levando a época em que eu estive com os maiores pesos da minha vida, e isso não pode mais continuar, meu peso é totalmente uma questão mental, de auto-controle do que de apenas estar desregrado com a alimentação, outro ponto é a rotina de sono, preciso melhorar minhas horas de sono, sei que pelo menos sete horas de sono é o indicado, para isso o necessário é fazer um detox mental de informações inúteis e pensamentos que não colaboram com o meu desenvolvimento. 

    Sabendo que tudo é um conjunto, eu termino aqui minha autoanálise dizendo que a parte financeira também segue a mesma lógica da alimentação, quando estou satisfeito mentalmente eu não busca maneiras de suprir aquela necessidade impulsiva de consumo, me corrói a ideia de entrar em endividamentos, mas tendo a mente limpa e os pensamentos claros e organizados, nada mais me impedir de ser feliz. E uma companheira, será consequência disso, atualmente sei que não seria um bom companheiro a nenhuma mulher, pois não conseguiria transmitir a segurança que elas tanto esperam de um homem. 

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