O Vila Nova e a Glória dos Sofridos
O Vila Nova e a Glória dos Sofridos
É preciso ser de coração forte para ser vilanovense. Cada jogo do Vila é um teste pra cardíaco, cada campeonato uma novela de emoções intensas. Ontem, no Serra Dourada, parecia que o roteiro já estava escrito, como sempre: sofrimento. Era o segundo ato de uma tragédia anunciada, depois de uma derrota doída em Anápolis, com um gol por cobertura nos acréscimos. O Vila, mais uma vez, parecia condenado ao papel de coadjuvante da história.
Mas quem é Vila Nova sabe que a fé supera as estatísticas. A multidão vestida de vermelho transformou a tarde ensolarada em um espetáculo de crença coletiva. "EU ACREDITO!" ecoava das arquibancadas, como um mantra. No campo, o time parecia pequeno diante do placar agregado. Mas quem vive na Vila Famosa sabe que os pequenos também rugem como tigres quando é necessário.
E o rugido começou. O adversário, o Galo da Comarca, tentou fazer cera, atrasar o tempo, congelar o sonho. Mas o Vila não se congela. No segundo tempo, a magia aconteceu. Um, dois, três gols! Do desespero ao êxtase, em 45 minutos que pareciam uma eternidade. O terceiro gol, marcado no último lance, foi como uma recompensa pela luta, pelo suor, pelo coração.
A vitória não foi só sobre o Anápolis. Foi sobre o tempo, sobre os vinte anos desde o último título. Foi sobre a adversidade, que acompanha o povo sofrido da Vila Famosa como uma velha conhecida. Ontem, o Vila Nova não apenas venceu, mas lembrou a todos que os triunfos mais doces são aqueles conquistados com paixão e perseverança.
Este é o ano do Tigrão. Este é o ano em que o vermelho brilhou mais forte. Salve o Vila Nova, o campeão do sofrimento e da glória!
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